ALESC reconhece Itapiranga como capital do Cooperativismo de Crédito

Aprovado por unanimidade na sessão desta quarta-feira (11) o Projeto de Lei 45/2022, da deputada Marlene Fengler (PSD), reconhecendo o município de Itapiranga como Capital Catarinense do Cooperativismo de Crédito. Ao defender a aprovação em plenário, a parlamentar disse tratar-se de “uma questão de justiça com o município” porque a primeira cooperativa de crédito de Santa Catarina foi fundada na localidade em 1932, quando ainda era conhecida como Porto Novo. Ao projeto, ela anexou um documento da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) reconhecendo o município de Itapiranga como pioneiro na implantação da modalidade no estado.

A parlamentar se baseou no livro “Memórias de uma Pioneira” para embasar a justificativa de apresentação da proposta. Pelo relato de mais de oito décadas de história da Creditapiranga, uma instituição financeira voltada às demandas da comunidade fundada por 41 sócios, à época, com o nome de Caixa Rural União Popular de Porto Novo, a ideia inicial era que a instituição prestasse serviços financeiros à população local. Também, conforme o documento, a cooperativa liderou ações focadas no desenvolvimento de Itapiranga e região, além de financiar, no início dos anos de 1960, “um estudo sobre os principais entraves ao desenvolvimento, propondo, como solução, uma série de ações que foram implantadas e constituíram, de forma decisiva, para a evolução econômica e social da região”.    

A iniciativa da deputada atendeu sugestão do presidente do Sicoob de Itapiranga, Simplício Meurer, e de lideranças locais na defesa do reconhecimento legal de Itapiranga como berço da modalidade no estado. Nascida em Itapiranga e filha de pequenos agricultores, Marlene se sensibilizou com o pedido e apresentou prontamente o projeto de lei na primeira semana de abril.

Ela lembrou das dificuldades da família em obter crédito no sistema tradicional, além das exigências contratuais dos financiamentos que praticamente inviabilizavam a tomada de empréstimos por produtores familiares. A alternativa era o autofinanciamento com a criação de cooperativas cujos os donos seriam os próprios associados. “Eu lembro que meu pai sempre falava na importância em ter uma cooperativa formada por pessoas que se conheciam, se respeitavam e acreditavam umas nas outras. Era a essência da formação daquela comunidade, porque por ali girava toda a economia local. As pessoas tinham medo de procurar instituições bancárias, mas não tinham medo de procurar as cooperativas, porque eram formadas por produtores com perfis semelhantes e tinham os mesmos valores. Essa essência criou o que temos hoje: um sistema de cooperativas que é uma potência em Santa Catarina e no Brasil”, resume a deputada.

Antes de ser votado em plenário, o PL foi analisado e aprovado nas Comissões de Constituição e Justiça e de Turismo. 

Cooperativismo
Um relatório do Banco Central, de 2019, apontou que o sistema de cooperativas contava com quase 10 milhões de associados e que recebia quase 300 mil novos acionistas a cada seis meses. O crescimento é visto como consequência do enxugamento de agências e de pessoal tanto dos bancos privados, quanto públicos, não só pelos investimentos em tecnologia como também pelos efeitos da pandemia. Em Santa Catarina, por exemplo, o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) está presente em 91% dos municípios, além de estar em terceiro lugar no ranking das instituições financeiras com quase 3,5 mil agências em todo o país.

Fonte: https://agenciaal.alesc.sc.gov.br/index.php/gabinetes_single/aprovado-pl-que-reconhece-itapiranga-como-capital-catarinense-do-cooperativ#:~:text=Aprovado%20PL%20que%20reconhece%20Itapiranga%20como%20capital%20do%20Cooperativismo%20de%20Cr%C3%A9dito,-Deputada%20Marlene%20Fengler&text=Aprovado%20por%20unanimidade%20na%20sess%C3%A3o,Catarinense%20do%20Cooperativismo%20de%20Cr%C3%A9dito.

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