De fábricas de banha a agroindústrias internacionais:

A construção da cultura agroindustrial de Chapecó

Contemplado no Edital Municipal de Fomento e Circulação das Linguagens Artísticas do Município de Chapecó 2019, o projeto foi lançado no dia 08 de junho de 2021, realizado pelas historiadoras Elisandra Forneck e Aline Maisa Lubenow, com o apoio do Centro de Memória Alfa/MaxiCrédito-CEMAC. A pesquisa buscou analisar quem foram os pequenos matadouros/açougues que atuavam na região de Chapecó a partir da década de 1930 e como estes abriram caminho para a constituição dos grandes frigoríficos e a transformação do município na Capital Nacional da Agroindústria.

As pesquisas mostraram que as famílias que investiram nos primeiros abatedouros foram migrantes do Rio Grande do Sul e objetivavam investir suas economias em uma região nova e com boas perspectivas de negócios, especialmente com o aval de grandes colonizadoras que atuaram na época em Chapecó e traziam pequenos agropecuaristas gaúchos para colonizar a região. Além do cultivo de roças com produtos como milho, fumo, feijão e diversos outros gêneros alimentícios, uma das atividades que passou a ganhar destaque foi a criação intensiva de suínos, que já era atividade forte no Rio Grande do Sul, onde vários matadouros de porte expressivo atuavam. A criação desses animais foi essencial para que vários frigoríficos se instalassem na região. Apesar das pesquisas mostrarem que no início do século XX já havia açougues/matadouros em Chapecó, foi conseguido acesso fontes a partir da década de 1930, quando foi instalado o Açougue Pompermayer. Foram entrevistadas 17 pessoas e pesquisados diversos acervos, tanto particulares quanto de intuições, o que possibilitou que pudessem ser citadas 11 iniciativas. Certamente houveram outras, mas das quais não conseguimos fontes.  

            A agroindústria, que teve como pontapé a produção de banha, conseguiu envolver muitos sujeitos e, por esse motivo, se tornou a mola propulsora da economia chapecoense, o maior agente transformador do espaço urbano de Chapecó e é o principal motor da construção da diversidade cultural chapecoense. Pessoas do mundo todo são atraídas pelo emprego que esta cadeia produtiva oferece. No entanto, pouco se conhece da história dos primeiros matadouros e sua influência no fomento a implantação de grandes agroindústrias. Além disso, há uma carência de material didático para debater o tema nas escolas, instituições e diferentes grupos sociais de Chapecó. Para tanto, a pesquisa propôs a disponibilização gratuita dos produtos desta pesquisa, para minimizar esta dificuldade e fomentar novas pesquisas na área.

As atividades educativas contemplaram 14 escolas, atendendo cerca de 1600 alunos. Além disso, o projeto foi apresentado para alunos do CEJA, Verde Vida e Mestrado de História da UFFS. A exposição circulou também na Cooperalfa matriz de Chapecó, no Super Alfa Xaxim, na Aurora unidade SAIC Chapecó e Aurora unidade Xaxim, atingindo cerca de 17 mil pessoas.

A exposição fotográfica conta com 15 imagens, no formato online e físico. Para acessar a fanpage do projeto e realizar download da cartilha, exposição fotográfica e áudio livro, só clicar nos links a seguir.

Fanpage

https://www.facebook.com/Defabricasdebanha

Cartilha

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Exposição fotográfica

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Áudio Livro

https://drive.google.com/file/d/1Er3ZPBv27IYgX8yCvk9Uj1R3P2MJUoF7/view?usp=sharing

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