Nasceu em Chapecó, Santa Catarina, no dia 13 de fevereiro de 1927. Foi secretário de administração da Cooperalfa por duas gestões. Também foi líder da cooperativa por 10 anos, além de suplente do Conselho Fiscal entre 1977 e 1978. Foi ainda sócio fundador e membro da diretoria do Sindicato Rural de Chapecó, presidente da Escola Municipal Colônia Cella e presidente da comunidade de Colônia Cella. Muito atuante na comunidade, fez várias doações de terra para empreendimentos comunitários. Em depoimento ao Jornal O Cooperalfa, em outubro de 1988, Cella lembrou que, na década de 1930 Chapecó era um pequeno povoado, com algumas choupanas de tábua bruta, uns trilhos por onde passavam os cargueiros, uma vendinha e uma bodega. Contava ainda que a economia da região baseava-se na venda de banha e toucinho de porco, transportados de carroça até Joaçaba, no meio oeste catarinense. No depoimento, Cella recordou ainda que a produção muitas vezes era perdida devido as dificuldades de escoamento. Na época em que a Cooperalfa foi fundada, havia grandes dificuldades de comercialização, escoamento da produção e armazenamento. “Não existia assistência técnica, nem ninguém que se preocupasse com o agricultor”, declarou. Cella foi procurado por Setembrino Zanchet, Gil Tosi e Aury Bodanese, que lhe explicaram o plano que tinham em mente. “Era o tal do cooperativismo que, na época, parecia um bicho de sete cabeças porque o pessoal era ressabiado”. Cella gostou da ideia. “Então passei a ajudar a turma a espalhar a intenção pra vizinhança”. Alertado por muitos de que estava se metendo em uma fria, Giacondo continuou apostando que daria certo. “Não tínhamos outra saída, precisávamos de algo que levantasse o agricultor”. Em meio a muitas dificuldades, enfim, o escritório foi instalado numa casa alugada no centro de Chapecó. “Em pouco tempo o bicho de sete cabeças foi desmistificado e foi provado por A mais B que o cooperativismo é a força da agricultura”. Giacondo foi casado com Lourdes Amabile Favaretto Cella, com quem teve dez filhos. Era irmãos de Pedro, Chisto, Orlando e Antônio Cella. Faleceu em 24 de julho de 1998.