Olívio Baldissera (em memória)

Olívio Baldissera nasceu em 1925 em São Valentin, Rio Grande do Sul. Chegou a Chapecó, Santa Catarina, no ano de 1931. Segundo ele, já de início, gostou muito da nova terra. “Era tempo bom, não como hoje, os maiores moradores daqui eram caboclos… mas caboclo do bem mesmo, é difícil encontrar gente igual. Eu e a Dona Esterina, depois de casados, íamos almoçar na casa da caboclada”.  “Em 1943, 1944 e 1945 estudei em Passo Fundo, no Colégio Ginásio Conceição, dos Irmãos Maristas, fiz até o segundo ano ginasial da época”. Em 1946 Olívio serviu o Exército em Cruz Alta. “Terminou a guerra e eu fui para o exército. Depois voltei para Chapecó e não fui mais estudar. Encontrei a minha esposa, começamos a namorar e em pouco tempo já casamos. Estamos até hoje juntos, mais de sessenta anos de casados, graças a Deus, tivemos quatro filhos”, disse ele anos antes de sua morte.A família de Olívio sempre trabalhou com madeira. “A gente serrava pinheiro, embalsava no Rio Uruguai e descia nas enchentes para São Borja e Uruguaiana, que era o comércio na época. Não tinha outra coisa para ganhar dinheiro a não ser madeira”, afirmou. Quando acabou a era da exploração da madeira, a família começou a trabalhar na agricultura. Para Baldissera, a criação da Cooperchapecó, em 1967, veio como uma coisa boa, porque os intermediários faziam o preço que queriam. Baldissera atuou na Cooperalfa como coordenador da classificação de cereais. Junto com Alcides Fin, foi interventor na Cooperpindorama e é considerado um dos mais dedicados cooperativistas que já atuaram na Cooperalfa. “Para mim e para minha família, fazer parte da história da Cooperalfa foi uma escola, uma vida mais aberta”, declarou Baldissera. Baldissera também foi Presidente e Conselheiro Fiscal da Cooperativa Tritícola do Oeste. Fez parte do primeiro Conselho de Administração da Cooperchapecó e atuou em outras quatro gestões. Nos primeiros anos da cooperativa, Baldissera foi o responsável pelo recebimento da produção, era sócio e trabalhava na cooperativa. Ajudou ainda a formar a Cooperativa de Laticínios de Chapecó. ​Faleceu em 21 de novembro de 2014, 22 dias após a morte da sua esposa Esterina.

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