Criada em 08 de junho de 1944 em Chapecó, a cooperativa começou com aproximadamente 30 associados, chegando perto de 100 na década de 1950. O trabalho conjunto possibilitou que a madeira pudesse ser vendida para São Borja e Uruguaiana a preços melhores. Com o passar dos anos, devido ao esgotamento da atividade, a cooperativa foi desativada e incorporada pela então Cooperchapecó. hoje Cooperalfa. Celso Tissiani, filho de Hermínio Tissiani, fundador Alfa (em memória), detalha suas lembranças sobre a cooperativa de madeireiros e como foi que sua família passou a ser associada da Cooperalfa: “O pai era diretor comercial da Cooperativa Madeireira. Era ele quem efetivamente fazia as vendas na Argentina, passava três ou quatro meses do ano lá. A cooperativa era uma entidade de classe para pequenos industriais que tinham uma serraria ou duas. Chegaram a ter 92 serrarias associadas. Eles eram o quarto maior exportador de madeira do Brasil, faziam frente a grandes exportadores do Rio Grande e do Paraná. A cooperativa começou a definhar porque muitos associados já tinham terminado com os pinhais e estavam em outra atividade. Nos anos 1970 foi fechada. Um pouco do acervo dela passou para a Cooperalfa, pois eles não queriam mandar para o Governo, nem para o Banco Nacional de Crédito Cooperativo. Alguns associados da cooperativa foram também fundadores da Alfa.” Outro fundador Alfa também atuou na Cooperativa Madeireira; a participação de Fiorindo Scussiato (em memória) na fundação de cooperativas no município de Chapecó é narrada pelo filho Domênico Scussiato: “Meu pai veio pra Chapecó em 1936, de Erechim. Aqui ele começou a trabalhar como madeireiro, ajudando a criar a Cooperativa dos Madeireiros, que depois foi incorporada pela Alfa. Depois ele se associou na segunda cooperativa, chamada Cooperativa Tritícola; ele foi do conselho. Essa foi a primeira cooperativa agrícola de Chapecó. Quando ela não deu certo, ajudou a fundar a Alfa. Ele também foi um dos primeiros a trabalhar com máquinas, com trilhadeira. Na década de 1950 ele percorria o Rodeio Bonito, o Tigre e depois vinha vindo até a Colônia Cella e Colônia Bacia, trilhando o trigo do pessoal.”