O processo de tombamento impede a demolição do edifício e garante a preservação das fachadas e do teto da estrutura, que foi construída em 1953.
O prédio do Colégio Marechal Bormann, mais antigo espaço educacional de Chapecó, passou por processo de tombamento histórico e agora é patrimônio arquitetônico e cultural do município. Instituído pelo Decreto Nº 40.874/2021, o processo de tombamento impede a demolição do edifício e garante a preservação das fachadas e do teto da estrutura, que foi construída em 1953.
Roselaine Vinhas, gerente de cultura do Município, ressalta que a ação é uma forma de valorizar a história da cidade. “Chapecó está compondo um cenário de valorização de equipamentos históricos, com a distinção e o estabelecimento de ferramentas de preservação de edificações que são marcos estratégicos na história do município. O prédio do Colégio Marechal Bormann é um desses marcos de importante relevância no cenário de Chapecó e que passa a compor de forma oficial o Centro Histórico de Chapecó, juntamente com o prédio da antiga prefeitura, o monumento O Desbravador e o Memorial Paulo de Siqueira”.
O tombamento conta com a anuência do Governo do Estado de Santa Catarina, proprietário do edifício e que assume total responsabilidade com a preservação, manutenção e restauração, conforme for necessário. Importante ressaltar que o processo não impede a continuidade de utilização do espaço pela Escola de Educação Básica Marechal Bormann, pois o tombamento não impede o uso da edificação para o fim ao qual é destinado.
O QUE É O PROCESSO DE TOMBAMENTO HISTÓRICO?
Apesar da expressão “tombamento”, o processo de tombamento histórico não pretende tombar nem demolir os prédios, muito pelo contrário. Instituído pelo Poder Público, de ambas as esferas federativas, o tombamento é um ato administrativo realizado pela administração pública que visa reconhecer o valor histórico, artístico ou cultural de um bem, transformando-o em patrimônio oficial público, com o objetivo de preservar e impedir que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
“O Poder Público traz dentro de suas atribuições a responsabilidade de estabelecer ferramentas para a manutenção do patrimônio histórico para as gerações futuras. Não basta apenas a lembrança das imagens, mas a oportunidade de vivências dentro desses espaços”, completou Vinhas.
Além do edifício do Colégio Marechal Bormann, Chapecó possui como bens tombados o Arquivo Documental da Empresa Colonizadora Ernesto Bertaso, armazenado no Centro de Memória do Oeste (CEOM); O prédio da antiga Prefeitura Municipal de Chapecó, atual Museu de História e Arte de Chapecó e Museu Selistre de Campos; Casa Histórica da Família Bertaso, localizada no Parque de Exposições Tancredo Neves, hoje abriga o Museu da Colonização; Residência Vila Zenaide, popular Castelinho; Monumento O Desbravador e Memorial Paulo de Siqueira; e a residência de Serafim Enoss Bertaso.
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